Subsídio de R$ 15 milhões pode reduzir tarifa e manter transporte funcionando em Poços de Caldas, MG

Projeto prevê mais repasse para empresa com queda no valor da passagem em Poços de Caldas O transporte coletivo de Poços de Caldas (MG) vive um cenário cons...

Projeto prevê mais repasse para empresa com queda no valor da passagem em Poços de Caldas O transporte coletivo de Poços de Caldas (MG) vive um cenário considerado "gravíssimo" pela Auto-Ônibus Floramar, responsável pelo serviço na cidade. A avaliação consta em um ofício de 13 páginas enviado ao presidente da Câmara Municipal. No documento, a empresa aponta queda contínua de passageiros, aumento das gratuidades e prejuízos acumulados como fatores que podem levar ao colapso do sistema. 📲 Siga a página do g1 Sul de Minas no Instagram Segundo a Floramar, as projeções deste ano indicam uma média de 553 mil passageiros pagantes por mês, redução de quase 19% em relação a 2022, quando o número era de 681 mil. A empresa afirma que, diante dessa queda e dos custos operacionais, a subvenção prevista em um projeto que já tramita no Legislativo é "indispensável" para garantir o equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Empresa alerta para risco de colapso no transporte coletivo e pede subsídio de R$ 15 milhões em Poços de Caldas (MG) EPTV/Reprodução O diretor do Departamento de Trânsito, Douglas Reis Moreira, explica que o projeto prevê um repasse de R$ 15 milhões, diluídos ao longo de 12 meses. Caso seja aprovado, a tarifa pode cair dos atuais R$ 6 para R$ 5. "Revertendo esse cenário com a aprovação do subsídio, a gente consegue trabalhar estratégias a médio, longo prazo para atrair mais passageiros e assim conseguir que o sistema se equilibre", detalha o diretor. Enquanto o debate avança no Legislativo, moradores relatam dificuldades e cobram melhorias. A recrutadora Letícia Bergmann, moradora de um dos bairros afetados, afirma que a quantidade de ônibus diminuiu nos últimos anos e que o preço atual não compensa o uso. "Aonde eu moro não tem um ônibus específico para eu chegar até a minha casa. Se eu tenho duas linhas e precisar andar, ficaria em torno de 50 minutos em cada uma dessas linhas. Então para mim não compensa", diz a profissional. Já Maria José Roque, diarista e uma das líderes do movimento "Tarifa Justa", reforça que a discussão não deve se limitar ao valor da passagem. "[É necessário] mais ônibus, mais horários, pontos cobertos, porque não tem pra gente. Na verdade, os ônibus estão precários", afirma a líder. Em contato com a EPTV, afiliada à Globo, a Câmara Municipal de Poços de Caldas informou que o Projeto de Lei será votado na próxima terça-feira (16). A produção também tentou contato com a empresa Auto-Ônibus Floramar para falar sobre a tramitação do projeto, mas não obteve retorno. Veja mais notícias da região no g1 Sul de Minas